Hoje é sexta e deve estar todo mundo de saco cheio de me ouvir falar mal da sexta-feira, dia sagrado para a maioria dos trabalhadores do mundo.
Pensando nisso, quase comovidamente, eu decidi hoje não falar coisas desagradáveis sobre sexta-feira.
Afinal, o que pode ter de errado num dia que encerra meus interesses por volta das 16 horas e só dá restart na segunda, depois do almoço?
Um dia que inicia minha pausa emocional. Quantos de nós não gostariam de ter dia e hora marcada para entrar em inércia? Ou um dia na semana determinado para desligar o hardware e colocar uma plaquinha onde se lê: volto logo?
Eu tenho esse dia na maioria das semanas. E, eu deveria aproveitar a pausa para recarregar as baterias. Estudar Philip Kotler. Arrumar o armário. Organizar a bolsa. Aprender um novo idioma.
Era mesmo muito simples encarar essa pausa como necessária, já que ela ainda é inevitável.
Afinal, o que há de errado em aproveitar a sexta-feira paralisada vazia fria cinzenta chata comprida silenciosa?
Eu deveria mesmo era fazer uma camiseta-catarse dizendo: "Malvado, eu sobrevivo às sextas-feiras."
2 comentários:
A sexta feira já foi o dia mais importante da semana pra mim, no entanto com novos horários, você acaba dando importância ao que acontece na verdade, e naum ao dia em si. Imagine uma pessoa que faz turnos, que trabalha de quinta a segunda e tem a terça e a quarta de folga, a segunda depois do expediente será a sexta, antecedendo a terça (sábado) e a quarta (domingo).
na sexta eu me busco
na sexta eu me procuro
na sexta eu não acho...
na sexta, sábado, domingo, segunda
eu acho...
em vão
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