Acabado de Novo. Começando Outra Vez.

Estou querendo ser criativa, mas chegando à minha 43ª volta completa em volta do sol, tô achando tudo muito tedioso.

Eu adoro época de Natal.

Diferentemente da maioria das pessoas que ficam melancólicas sorumbáticas e macambúzias, eu fico adrenalinada.

Adoro escolher presentes, dar presentes e, do fundo do meu coração, foda-se se é um lance comercial isso. Porque o fundamento do presente é que é gostoso. Por isso eu não ligo muito para custo x benefício e sou fissurada em designs. Claro que um diamante da Tiffany's é diferente de uma planta carnívora nova (sim, eu coleciono plantas ornamentais do tipo "carnívoras"). Mas diz, olhando-se a si mesmo e descaradamente, tem coisa mais gostosa que dar presentes?

Tem, lógico: ganhar!

Ah, por favor, não me venha com essas delongas socialmente corretas que você nem liga se não ganhar presentes. TODO MUNDO liga.

Pode ser "lembrancinha"? Pode.

Pode ser "presentão"? Pode.

Pode ser cartão de natal caprichado, bilhete de amor, sorriso desdentado de bebezinho novo?

Pode, só pode!

O que não pode, no Natal, é ficar se esfalfando na cozinha até a meia noite, pra fazer uma tonelada de comida e estar na hora da ceia parecendo uma bruxa descabelada e cheirando a tempero.

O que não pode, no Natal, é deixar mais contas se acumularem e dívidas se multiplicarem pra fazer as vontades dos entes queridos. Porque, gentem, se os entes são tão queridos assim, podem devem e irão compreender se o presente não tiver saído do Shopping Iguatemi Páteo Higienópolis Anália Franco Morumbi.

Nós, os entes queridos, ficamos felizes quando somos lembrados, não quando somos avaliados.

O Citroen novo custa R$ 38.000,00. Um colar de diamantes deve valer uns R$ 100.000,00. O amor não tem preço. Dormir numa cama quentinha, com lençóis limpinhos não tem preço. Comer uma comida fresquinha não tem preço. E, meus caros, se vocês já viram alguma criança sorrir pra você, ah, ser amado NÃO TEM PREÇO.

Feliz Natal!